MANAUS (AM) – Durante uma entrevista ao vivo concedida nesta quinta-feira (7), o secretário municipal de segurança, Alberto De Siqueira Neto, fez um desabafo contundente sobre os recentes confrontos entre ambulantes e a Guarda Municipal no Centro de Manaus. A operação de reordenamento urbano, realizada pela prefeitura, tem gerado tumulto e até casos de violência contra os agentes envolvidos.

Segundo o secretário, três guardas municipais foram feridos, sendo que um deles está com afundamento de crânio após ser atingido por uma pedra lançada por ambulantes durante a ação. A revolta do titular da SEMSEG é clara:

“Eu estou tirando da rua mortadela vencida com rato em cima. Eu estou errado? A população vai querer consumir produto vencido com rato em cima?”

A fala foi feita diante das câmeras da TV Povo e refletiu o tom de indignação do secretário com o que ele classificou como um cenário de manipulação política e irresponsabilidade.

“Chega a ser covarde a gente ver uma imprensa mandando os caras jogarem pedra. Eu tenho três guardas no hospital! Isso é um absurdo!”

Abordagens, segurança e alimentos impróprios
Alberto de Siqueira explicou que a operação tem o objetivo de organizar o centro da cidade e proteger a população de riscos sanitários. Ele relatou que a Vigilância Sanitária detectou alimentos vencidos e impróprios para consumo sendo vendidos por ambulantes.

“Você comeria algo vencido que não presta para o seu consumo? Aí é que a gente tem que ponderar. As pessoas têm que trabalhar, mas de forma que não gere dano à sociedade.”

O secretário ainda negou que as ações sejam voltadas contra o trabalho informal:

“A prefeitura entrega carrinho, a Sentep ajuda, ninguém é contra o trabalhador. O que não pode é vender coisa podre na rua e ainda jogar pedra em pai de família fardado que está ali para ajudar a população.”

Promessa: mais rigor nas próximas ações
Visivelmente irritado, Alberto Neto prometeu que a segurança será reforçada e não vai mais tolerar agressões contra os agentes da prefeitura.

“Isso não vai mais acontecer. Estou lhe dizendo: não vou ter mais um guarda que eu vou levar para o hospital. Isso acabou!”

A entrevista encerrou com um recado direto:

“Se querem permitir a venda de alimento podre, acabem com a vigilância sanitária então! Mas enquanto ela existir, eu vou cumprir meu dever.”

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