Por falta de provas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), e o chefe da Casa Militar do estado, coronel Fabiano Machado Bó. A ação investigava supostas irregularidades na contratação do transporte de respiradores pulmonares durante a pandemia de Covid-19.A decisão foi tomada pela Corte Especial do STJ, que rejeitou a denúncia por 8 votos a 3. O MPF alegava que o governo do Amazonas teria desembolsado R$ 191,8 mil no transporte dos equipamentos de São Paulo para Manaus sem seguir as exigências legais. No entanto, os ministros entenderam que não havia elementos suficientes para sustentar a acusação de peculato ou desvio de recursos públicos.O ministro João Otávio de Noronha, que havia pedido vista do processo, votou pelo arquivamento, argumentando que a falta de provas concretas inviabilizava a continuidade da denúncia. Seu posicionamento foi seguido pelos ministros Benedito Gonçalves, Antônio Carlos Ferreira, Raul Araújo, Humberto Martins, Og Fernandes, Sebastião Reis Junior e Sérgio Kukina. Já o relator do caso, Francisco Falcão, votou pelo recebimento da denúncia, acompanhado das ministras Nancy Andrighi e Maria Thereza de Assis Moura.Com o arquivamento do caso, tanto Fabiano Bó quanto Wilson Lima ficam livres de qualquer responsabilização criminal no episódio, encerrando mais um capítulo das investigações sobre a gestão da crise sanitária no Amazonas.