Manaus/AM – A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM) desencadeou nesta segunda-feira (6/10) a Operação Xeque-Mate, mais uma etapa das ações que deram origem às Operações Torre 1, 2, 3 e 4. O objetivo foi desarticular um dos principais núcleos de liderança do crime organizado no Amazonas.
Durante a ofensiva, foram cumpridos cinco mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, além do bloqueio de bens avaliados em R$ 122 milhões nas cidades de Manaus (AM) e Guarujá (SP).
As investigações revelaram um elaborado esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo alto escalão da facção. Mesmo foragido na Colômbia, um dos líderes continuava atuando sob identidade falsa, articulando operações criminosas. Ele foi apontado como proprietário de parte de um carregamento com mais de duas toneladas de drogas apreendido em setembro de 2024, em Manaus.

Para ocultar os lucros ilícitos, o grupo utilizava laranjas, empresas de fachada, fintechs e até sistemas paralelos de pagamento. As transações, realizadas principalmente por aplicativos, reduziam a fiscalização e permitiam misturar recursos ilegais a movimentações legítimas. Estima-se que mais de R$ 122 milhões tenham circulado nessa rede, parte deles convertida em criptoativos e enviada ao exterior, sobretudo à Colômbia, para custear a compra de drogas.
A ação contou com informações estratégicas fornecidas pela Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência do Amazonas (SEAI/AM) e teve apoio de autoridades policiais colombianas.
A FICCO/AM é uma força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, reunindo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, Polícia Civil, Polícia Militar, SEAI/AM, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. A iniciativa busca integrar esforços para prevenir e reprimir o crime organizado e a criminalidade violenta no estado.