Atalaia do Norte (AM) — Após nove dias de buscas intensas em uma das regiões mais remotas da Amazônia, o ribeirinho Vilmar de Souza Lemos, conhecido como “Zizinho”, de 78 anos, foi encontrado com vida no domingo (30/05), nas proximidades do igarapé Grande, entre as comunidades de Campinas e Irari, no Vale do Javari.
O sucesso da missão foi possível graças à articulação estratégica comandada pelo General Costa Neves, responsável pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), que coordenou as ações das tropas que integram o Comando Conjunto Apoena, no âmbito da Operação Ágata Amazônia 2025 — iniciativa do Ministério da Defesa voltada à presença do Estado em áreas de fronteira.

Sob sua supervisão direta, militares do 4º Pelotão Especial de Fronteira (Estirão do Equador) e do Comando de Fronteira Solimões / 8º BIS, unidade vinculada à 16ª Brigada de Infantaria de Selva, atuaram em condições adversas na mata fechada e em terrenos de difícil acesso, unindo forças com pescadores locais e mateiros da região.
“O resgate do senhor Vilmar é a prova concreta de que a presença integrada das Forças Armadas nas áreas de fronteira vai além da segurança: ela salva vidas. A missão é garantir que nenhum brasileiro seja deixado para trás, mesmo nas regiões mais isoladas do país”, afirmou o General Costa Neves.

O idoso, desaparecido desde o dia 21 de maio, foi localizado debilitado, mas consciente. Após o resgate, ele foi transferido para o hospital municipal de Atalaia do Norte, onde permanece sob observação médica e apresenta quadro de saúde estável.
A mobilização envolveu ainda o apoio da prefeitura, de lideranças comunitárias e dos familiares, que acompanharam com apreensão cada etapa da operação. O prefeito Denis Paiva ressaltou a importância da integração entre os diferentes atores:
“Essa ação mostrou o valor da cooperação entre as instituições. O envolvimento direto das Forças Armadas, sob comando do General Costa Neves, foi essencial para esse final feliz”.
O caso de Zizinho evidencia a relevância das ações conjuntas e coordenadas no Vale do Javari, região de complexidades logísticas e grande vulnerabilidade, onde a união entre Exército, sociedade civil e órgãos locais se mostra vital para proteger vidas e garantir a soberania nacional.